Caso

Nosso sempre “Pequeno” – Displasia Epifisária em cães

Impossível pensar em um beagle e não associá-lo logo à uma personalidade carismática e divertida, bem-humorado, companheiro e muito ativo, enfim um excelente cão para te acompanhar e para interagir com crianças. 

“Pequeno” é um desses beagles, um filhote de uma ninhada onde nasceram 5, que se destacou. Infelizmente não por ser ativo, mas por apresentar uma certa dificuldade ao andar, e consequentemente teve seu desenvolvimento prejudicado.

Sua mãe humana, já acostumada com a energia beagle de ser, pois era a tutora da mãe canina do “Pequeno”, logo percebeu que ele era um filhote diferente dos outros da ninhada. Ele não andava como os outros e procurou um veterinário de sua confiança.

Aos 30 dias de vida, após o exame clínico e complementares, o veterinário diagnosticou que “Pequeno” sofria de Displasia Epifisária Múltipla (DEM), que é uma condrodisplasia, doença hereditária rara que pertence a um grupo heterogêneo de displasias esqueléticas, que produzem alterações nas placas de crescimento de ossos longos. 

Os sintomas clínicos são dor nas articulações e fadiga após o exercício, no caso do “Pequeno” ele tinha dificuldades de locomoção, pois o problema afetava as suas patas dianteiras. No RX pode ser observada uma mineralização desigual na forma manchada da epis dos ossos longos, ombro e joelho os mais afetados. O prognóstico nesses casos não é bom, e muitas vezes os tutores optam pela eutanásia. 

Entretanto, “Pequeno” tem uma mãe muito determinada. A despeito de todos os contras, mesmo sabendo que eram mínimas as chances dele ter seus movimentos normais e se desenvolver, quando soube que a fisioterapia junto com um tratamento para  dor, poderia dar uma qualidade de vida para ele, e sendo assim, mesmo que mínima, uma chance de andar, ela optou por encarar o tratamento.

O Mundo à Parte Fisioterapia, era um sonho da Dra. Vivian Corrêa, que acabava de se tornar realidade. Estávamos começando quando o recebemos, ele não conseguia andar, se rastejava, era um caso desafiador, pois todos eram unânimes em dizer que dificilmente ele teria uma vida normal. 

Mas, estávamos recebendo uma mãe determinada que junto com uma doutora dedicada, se uniram para transformar a vida e a história do ”Pequeno”! Ele era tão miúdo que quase cabia na palma da nossa mão. As placas dos aparelhos eram maiores que ele…. 

E assim foi, três meses de sessões semanais de fisioterapia – magnetoterapia, fototerapia, muita cinesioterapia, ozonioterapias (para auxiliar na dor e desinflamação) – no início, por conta da dor, era muito difícil, pois ele chorava durante o alongamento e as aplicações. Mas todo o esforço foi recompensado, “Pequeno” foi se desenvolvendo, crescendo e aprendendo a se sustentar e se movimentar. Tornou-se um típico beagle: alegre, brincalhão e claro… comilão!

E com ele, aprendemos que o impossível, só existe para os que desistem!

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